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Candidato a vereador é alvo de busca e apreensão pela PF na operação contra extorsão de gerente de banco

Um candidato a vereador do Agir em Teresina foi um dos alvos de busca e apreensão da operação Cherut deflagrada pela Polícia Federal, nesta quarta-feira (11).

11/09/2024 às 16h10
Por: Redação Geral Fonte: cidade verde
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Foto: Jade Araujo/ Cidadeverde.com Delegado Marco Antônio Nunes
Foto: Jade Araujo/ Cidadeverde.com Delegado Marco Antônio Nunes

Atualizada às 12h42

Um candidato a vereador do Agir em Teresina foi um dos alvos de busca e apreensão da operação Cherut deflagrada pela Polícia Federal, nesta quarta-feira (11).

O candidato é suspeito de ser um dos líderes da organização criminosa que extorquia um gerente da Caixa Econômica em Teresina para realizar empréstimos fraudulentos em favor de empresas fictícias.

Foram recolhidas mídias na casa do investigado, na zona Sudeste de Teresina, além de documentos e do telefone do candidato. 

“Até o momento do cumprimento, o máximo que a gente tinha de informação era que ele era um operador. Mas diante da constatação posterior, a gente conseguiu ter a certeza de que existia um movimento maior. Até agora foi constado que ele era de fato um dos responsáveis, um dos cabeças. Inclusive ele, o (candidato a) vereador também tem ficha criminal, ele responde por falsificação de documentos"”, explica o delegado da PF Marco Antônio Nunes, responsável pela operação. 

Esse era o único mandado para a capital piauiense e foram recolhidas celulares e documentos na casa dele que serão periciadas durante a investigação. Os outros quatro mandados foram cumpridos em São Paulo e os alvos são suspeitos de extorquir um gerente de uma agência da Caixa Econômica Federal de Teresina. Em São Paulo, um  casal de Teresina que estava morando na cidade foi preso. Eles eram responsáveis por preparar a documentação do esquema criminoso. 

"Os criminosos principais são daqui do Piauí, um deles é o candidato a vereador aqui em Teresina e os demais estariam em São Paulo", completou o delegado. O candidato não foi preso na ação. 

A investigação criminal teve início há seis dias, quando a denúncia foi feita à Polícia Federal por meio da inteligência da Caixa, que identificou um elevado número de fraudes relacionadas a empréstimos bancários.

Os criminosos cooptavam pessoas interpostas, os laranjas, que criavam empresas de fachada e, sob ameaça do chefe do grupo criminoso, o gerente liberava empréstimos para essas empresas. Os CNPJ das empresas apresentados eram verdadeiros, porém a documentação usada era falsa. 

Até o momento, foram identificadas 35 pessoas jurídicas criadas nessas condições e um prejuízo superior a R$ 3 milhões no Giro CAIXA, modalidade de linha de crédito destinada a empresas de todos os portes que desejam aumentar seu capital de giro.

Na segunda-feira (9) uma mulher foi presa em flagrante em Teresina ao tentar obter empréstimo em uma agência da Caixa para uma empresa real, mas utilizando dados financeiros e contábeis fraudados. 

Os investigados podem ser responsabilizados, além do crime de extorsão, por falsificação de documentos, estelionato, e outros que venham a ser identificados no decorrer da investigação policial

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