A juíza Júnia Maria Feitosa Bezerra Fialho, da 4ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, determinou a soltura do pai de santo Anderson Luiz da Silva, suspeito de participação na morte do empresário Antônio Francisco dos Santos Sousa, de 50 anos. Ele irá cumprir prisão domiciliar.
O crime aconteceu no dia 1º de abril. O corpo foi encontrado em uma área de mata na região da Cacimba Velha, zona rural de Teresina. As investigações apontam que o empresário estava em um prostíbulo antes de assassinado. Duas mulheres que trabalham no local foram presas após a polícia identificar transações bancárias do empresário para a conta delas. Um valor de R$ 5 mil também teria sido transferido para a conta do pastor.
A defesa do pai de santo alega que a única relação com as suspeitas presa é de ordem religiosa, o que a polícia contesta.
Para a soltura do pai de santo, a defesa alegou que ele tem problemas de saúde renais e que a unidade prisional não dispõe de condições necessárias para que ele cumpra a sua pena.
"No caso dos autos, restou devidamente comprovado a impossibilidade de receber tratamento no estabelecimento prisional, por meio de relatório médico e, especialmente, do pedido de encaminhamento do acusado solicitado pela médica da unidade prisional, pois o estabelecimento penal em referência não possui meios de condução do seu quadro clínico", diz trecho da decisão.
O caso
O corpo de Antônio Francisco dos Santos Sousa, 50 anos, foi encontrado no 1º de abril, em uma fazenda na Cacimba Velha, na zona rural em Teresina. A vítima estava sem roupas, apresentava marcas de cerca de 18 perfurações pelo corpo e pescoço degolado.
Seu veículo foi encontrado momentos depois em uma estrada rural que liga as cidades de José de Freitas e União, local diferente de onde o corpo foi achado. O carro estava com marcas de sangue e dentro dele também foi achado um par de luvas.
O último local onde o empresário passou foi um prostibulo e ele teria sido levado de lá, desacordado, por volta de 1h. Nesta data foi realizada uma transferência de R$ 90 mil da conta do empresário.
As duas mulheres presas em abril seriam socias do prostíbulo. Uma delas é Kalina Sampaio Rodrigues, que foi denunciada pelo Ministério Público do Piauí, em 2015, pelo assassinato do dono de um bar.
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