Atualizada às 09h18
A Justiça do Piauí acatou o pedido de prorrogação da prisão temporária de Maria do Perpétuo, investigada pela morte de sua companheira, Karita Joara de Lima Santos, de 35 anos.
O pedido foi feito pelo Núcleo de Feminicídios do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Karita foi encontrada morta em sua residência, no bairro São Pedro, zona Sul de Teresina, no dia 26 de setembro.
“Diante do prazo que já estava se encerrando do primeiro pedido de prisão temporária, representamos pela prorrogação, e ela foi concedida pelo Poder Judiciário. Estamos apenas aguardando a expedição do mandado para dar fiel cumprimento”, explicou a delegada Nathália Figueiredo, titular do Núcleo de Feminicídios.
A TV Cidade Verde apurou que a prorrogação foi solicitada devido à necessidade de conclusão dos laudos histopatológico e toxicológico realizados no corpo da vítima. A investigação aponta a suspeita de que Karita possa ter sido envenenada, além de morta por estrangulamento.
“Parte do toxicológico já foi encaminhada, mas ainda aguardamos a análise de outras substâncias. É um laudo minucioso, que requer um pouco mais de trabalho. Com base nessa necessidade e na continuidade das oitivas de testemunhas, solicitamos a prorrogação, que já foi concedida”, acrescentou a delegada Nathália Figueiredo.
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Entenda o caso
Karita Joara de Lima Santos foi encontrada morta dentro de casa no dia 26 de setembro. A companheira, Maria do Perpétuo, estava com ela e alegou à polícia que encontrou Karita enforcada no local. As duas estavam juntas há cerca de três meses.
Inicialmente, o caso foi tratado como suicídio, mas o laudo cadavérico revelou que a vítima foi assassinada de forma violenta por estrangulamento.
No dia 27 de novembro, Maria do Perpétuo, companheira da vítima, foi presa sob suspeita de homicídio qualificado. As qualificadoras incluem feminicídio, meio cruel e fraude processual.
Segundo a delegada Nathália Figueiredo, apenas Karita e Maria estavam na residência no momento do crime. A relação do casal era descrita como conturbada, com constantes discussões, segundo relatos de familiares e vizinhos. Ambas trabalhavam na mesma empresa, e colegas também confirmaram os frequentes desentendimentos.
A polícia segue investigando o caso, aguardando os laudos periciais para reforçar o inquérito e esclarecer os detalhes do crime