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Irmãos envenenados: Chico Lucas admite erro na prisão de vizinha e diz que autoria está prestes a ser esclarecida

O secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, reconheceu, nesta quarta-feira (29), que houve um erro na prisão de Lucélia Maria da Conceição, de 53 anos

Redação Geral
Por: Redação Geral Fonte: cidade verde
29/01/2025 às 09h25
Irmãos envenenados: Chico Lucas admite erro na prisão de vizinha e diz que autoria está prestes a ser esclarecida
Foto: Reprodução

O secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, reconheceu, nesta quarta-feira (29), que houve um erro na prisão de Lucélia Maria da Conceição, de 53 anos.

A aposentada foi detida sob suspeita de envenenar os irmãos João Miguel da Silva, de 7 anos, e Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, em Parnaíba, litoral do Piauí, em agosto de 2023. Lucélia foi solta cinco meses depois, após a polícia rever o caso devido a novos envenenamentos.

Segundo Chico Lucas, a prisão foi motivada pelos depoimentos de familiares das vítimas, que apontaram a vizinha como responsável, além da descoberta de veneno em sua residência.

"A gente sente pelo erro na apuração. Não foi um erro causado por dissídio ou por inépcia dos operadores do direito, mas porque foram induzidos. No primeiro momento, tivemos o envenenamento de duas crianças e seus familiares afirmaram à polícia que foi uma determinada pessoa. A avó, o Francisco e a mãe delas apontaram a Lucélia. Esses depoimentos não são relevantes? Além disso, realizamos uma busca e apreensão na casa dela e encontramos veneno. Esse induzimento foi provocado por um dos acusados, o Francisco. Ele, a avó e a mãe das crianças – que faleceu posteriormente – colocaram Lucélia como suspeita em todos os depoimentos e foi encontrado o veneno que às vezes pode ser coincidência, porque, apesar de proibido, o chumbinho é um veneno muito comum nas casas", explicou Chico Lucas.

Foto: Reprodução e TV Cidade Verde 

 

O secretário afirmou que tanto o caso dos irmãos envenenados quanto o envenenamento coletivo ocorrido em um almoço no dia 1º de janeiro, que resultou na morte de cinco pessoas, estão próximos de ser totalmente esclarecidos.

"Criamos um grupo de trabalho e hoje temos três delegados atuando no caso, além de toda a equipe do DEPOC (Departamento de Polícia Científica), o próprio perito-geral Nunes, a perícia, o delegado-geral, a gente fala quase que diariamente e entre o grupo está praticamente esclarecida a autoria e estamos reunindo as provas técnicas necessárias, que não são simples de serem elaboradas", pontuou.

Durante a entrevista, Chico Lucas destacou que, até recentemente, o Piauí não possuía um laboratório de toxicologia, o que dificultava investigações desse tipo.

"O Piauí não tinha laboratório de toxicologia, então os casos de envenenamento ficavam sem uma prova técnica, a não ser quando recorremos a outros estados. O que nos motivou a criar o laboratório foi um caso de 2023, quando uma menina de 5 anos morreu envenenada em Floriano e ficamos pedindo exames ao Maranhão e outros estados. Então determinei o desenvolvimento do laboratório. Mas ele precisa estabelecer protocolos, seguir uma série de normas técnicas e científicas para atuar plenamente", concluiu o secretário

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