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Caso Samynha Silva: audiência dura mais de 12 horas e defesa de um dos acusados alega inocência

Após mais de 12 horas, foi concluída a audiência de instrução e julgamento dos acusados pelo assassinato da blogueira Samynha Silva, ocorrido em outubro de 2023

Redação Geral
Por: Redação Geral Fonte: cidade verde
05/02/2025 às 10h37
Caso Samynha Silva: audiência dura mais de 12 horas e defesa de um dos acusados alega inocência
Foto: Reprodução

Após mais de 12 horas, foi concluída a audiência de instrução e julgamento dos acusados pelo assassinato da blogueira Samynha Silva, ocorrido em outubro de 2023. Ao todo, 18 testemunhas foram ouvidas na 3ª Vara do Tribunal do Júri, localizada no bairro Cabral, zona Norte de Teresina.

Foram interrogados Felipe de Sousa Amorim, sua companheira Raimunda Nonata Vitória da Silva, além de Davdy Jhorrany Moreira Dourado e Israel Boanerges Ribeiro de Sousa, todos indiciados pelo crime.

A defesa de Felipe de Sousa Amorim, que segundo as investigações teria participado da ligação que determinou a execução de Samynha e ajudado a fornecer a arma utilizada no crime, negou o envolvimento dele no caso.

“A defesa entende que a audiência foi necessária e relevante, provando inclusive que ele não teve qualquer tipo de participação, corroborando inclusive com o depoimento de todas as outras testemunhas e das outras pessoas envolvidas nesse caso", disse Wesllen Costa Souza, advogado de defesa.

O promotor Régis Marinho informou que só irá se manifestar sobre o caso durante o julgamento.

A primeira testemunha a ser ouvida foi a influencer Marta Evelin, conhecida como Yrla Lima. Ela estava na garupa de Samynha Silva no momento em que a blogueira foi assassinada a tiros.

Durante o depoimento, Yrla afirmou que reconheceu Felipe, Franciel, João Gabriel, dois deles estavam de tornozeleira eletrônica, e observou quando o trio passou. Ela também confirmou que Samynha recebia ameaça de um facção da capital.

Próximos passos do julgamento

Após a conclusão da audiência, o Ministério Público do Piauí tem um prazo de cinco dias para apresentar suas alegações finais, seguido pelo prazo da defesa dos acusados.

Depois desse período, o juiz decidirá se os réus serão levados a Júri Popular, ou se haverá impronúncia, quando não há indícios suficientes para o julgamento, ou até mesmo absolvição sumária.

O caso

Foto: Reprodução 

O inquérito policial do caso foi concluído em 2024. Conduzido pela delegada Nathalia Figueiredo, da Delegacia de Feminicídios, o inquérito apontou que Israel, Francilda, Felipe e Vitória se deslocaram a um clube na manhã do dia 1º de outubro. Em seguida, João Gabriel, mais conhecido como Batata, se juntou a eles. 

Sâmya Silva teria sido atraída ao clube por Francilda e Vitória. As duas chegaram a abordar a jovem no local e sentar à mesa com ela e as amigas que a acompanhavam na data. Felipe de Sousa Amorim e Israel Boanerges Ribeiro de Sousa foram presos no dia 8 de fevereiro do ano passado. Já Raimunda Nonata Vitória foi presa no dia 15 de fevereiro.

Segundo a investigação, durante a tarde, pelo WhatsApp, Israel, Felipe, João Gabriel, Davdy e Herbertt teriam decidido executar Samynha por ela ter ligação com uma facção criminosa rival à dos suspeitos. Momentos depois, os executores da morte da influencer, Herbertt e Davdy, encontraram-se com Felipe e Israel e receberam o armamento utilizado no crime. Ela foi morta enquanto trafegava na Avenida João XXIII.

O crime foi registrado por câmeras de segurança na Rua Coronel Belisário da Cunha, no bairro São João, e mostra a perseguição à jovem, momentos antes de sua morte. Uma das amigas que estava na garupa da motocicleta pilotada por Samynha teve o celular destruído por uma das balas, mas não ficou ferida. A outra saiu ilesa

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