"Tomamos conhecimento pela mídia", afirma OAB-PI sobre prisão da vereadora e advogada Tatiana
A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Piauí (OAB-PI), se pronunciou sobre a prisão da vereadora e advogada Tatiana Medeiros durante uma operação da Polícia Federal.
Segundo o presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB-PI, Leonardo Queiroz, a entidade não foi previamente comunicada sobre a ação, mas já está acompanhando o caso.
“Nós, da OAB Piauí, não fomos comunicados sobre essa operação. Estamos tomando conhecimento apenas através da mídia e iremos prestar todo o suporte institucional, uma vez que ela é advogada. A Comissão de Defesa das Prerrogativas da OAB Piauí já está acompanhando o caso de perto”, afirmou Queiroz.
Foto: 180graus
Sobre a operação:
A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (03/04), a segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, que visa combater a atuação de facções criminosas no processo eleitoral das Eleições Municipais de 2024. Um dos alvos presos foi a vereadora de Teresina, Tatiana Medeira (PSB).
Os agentes cumprem oito mandados judiciais, incluindo dois de prisão preventiva, três de busca e apreensão e três de afastamento de função pública. Os alvos ocupam cargos na Câmara Municipal de Teresina e na Assembleia Legislativa. As ordens foram expedidas pelo 1º Juízo de Garantias da Justiça Eleitoral do estado e estão sendo cumpridas em Teresina e em Timon/MA.
A investigação, iniciada após a divulgação dos resultados das Eleições 2024, aponta indícios de ligação entre Tatiana e um dos principais líderes de uma facção criminosa com forte atuação no estado. Há suspeitas de que sua campanha foi financiada com recursos ilícitos da facção, além de desvios de dinheiro público de uma instituição não governamental.
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, a Polícia Federal recolheu dinheiro, celulares e documentos no apartamento da vereadora investigada. O material será analisado para aprofundar as investigações sobre o esquema criminoso.
Foto: PF
O Juízo Eleitoral também determinou a suspensão das atividades da ONG envolvida, proibindo novos repasses de recursos. Além disso, os suspeitos afastados não poderão frequentar seus antigos locais de trabalho nem manter contato com outros servidores.
Durante a operação, uma pessoa com mandado de prisão preventiva em aberto também foi detida