Atualizada às 18h27

A 4ª Delegacia Seccional de Teresina ficará responsável pela investigação sobre a morte do garoto Arthur Luís Alves do Nascimento, de 2 anos, que morreu após ser eletrocutado em uma placa luminosa de uma revenda de gás.

Segundo o delegado Odilo Sena, os responsáveis pela empresa podem responder por homicídio. Testemunhas relataram informalmente que o fio estaria desencapado há mais de um mês e o problema já havia sido comunicado.

Parentes do garoto registraram a ocorrência na Central de Flagrantes. Eles contaram que havia mais crianças brincando próximo à placa energizada. O menino caiu sentado quando sofreu a descarga elétrica.

"Ele estava suado e sentou na placa. Após o choque caiu e o irmão e a prima foram socorrê-lo. Se não fosse isso, os três poderiam ter morrido. Logo depois, em questão de minutos, os pais chegaram e levaram para a Upa", disse o delegado Odilo Sena, plantonista da Central de Flagrantes.

O Cidadeverde.com tentou contato com representantes da empresa, mas não obteve retorno. A revendedora de gás a qual a loja representa, enviou nota de pesar e solidariedade (confira no final da reportagem).

Fotos: Adriana Magalhães/Cidadeverde.com

O delegado conta que, informalmente, testemunhas relataram que a empresa tinha conhecimento do fio desencapado, mas não solucionou o problema.

"Isso vai ser verificado no inquérito. A empresa teria desdenhado do problema e, mais uma vez, não prestou socorro. Não sabemos o motivo. Também temos informações que funcionários isolaram o local onde ocorreu o caso e tudo isso será verificado", disse o delegado.

O delegado visualiza que o caso pode ser configurado como homicídio com dolo eventual, uma vez que teria assumido o risco,  ao não solucionar o problema alertado dias antes.

Moradores fazem protesto em frente à empresa

Moradores da região da Vila Wall Ferraz, na zona Sul de Teresina, na região onde a criança faleceu, fizeram um protesto em frente ao local onde ocorreu a tragédia na tarde desta quarta (27). Revoltados, vizinhos entoaram palavras de ordem e pediram por justiça.

A Elizânia Alves, tia-avó da vítima, disse que as crianças costumavam brincar à tarde na calçada da empresa de gás. 

"Poderia ser eles também, poderiam ser essas crianças que tem costume de brincar todo final de tarde aqui na frente como se fosse uma área de lazer para as crianças, porque não aguentam ficar em casa no calor. A gente pede justiça. E se fosse um filho deles?", questionou.

A vizinha Monalisa Vasconcelos também fez um apelo para que o proprietário da empresa de gás preste assistência à família. "A gente só pede que esse homem, esse Wellington, possa por a mão na consciência e possa vir o mínimo falar com a família, porque nem advogado nem ninguém se pronunciou nem procurou a família", disse.

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NOTA DE PESAR E SOLIDARIEDADE

A Revenda ULTRAGÁS, situada no bairro Santa Cruz, Teresina-PI, vem, por meio desta, expressar seu mais profundo pesar pela trágica perda de Arthur Luís, que faleceu aos 2 anos de idade em decorrência de um acidente por eletrocussão. Este é um momento de imensa dor, e nossos corações estão com a família e todos os que sofreram com essa irreparável perda.

A empresa lamenta profundamente o ocorrido e informa que está colaborando com as investigações e com todas as medidas necessárias para que o caso seja tratado com a devida responsabilidade. Estamos profundamente entristecidos por este acidente e nos solidarizamos com os pais e familiares de Arthur Luís, oferecendo nosso total apoio neste momento tão difícil.

A Revenda ULTRAGÁS reafirma seu compromisso com a segurança e bem-estar de todos, e está tomando todas as providências para que tragédias como essa não se repitam. Neste momento de dor, nossa prioridade é o apoio à família enlutada, com todo respeito e consideração.

Com os mais sinceros sentimentos de solidariedade e pesar, Revenda ULTRAGÁS Teresina-PI, 27 de novembro de 2024.